quarta-feira, 12 de abril de 2017
A ARCA DE NOÉ
abril 12, 2017
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INTRODUÇÃO
Enoque,
por haver andado com Deus, havia sido trasladado para o céu antes
que a maldade humana chegasse ao auge e Deus tivesse que desencadear
o julgamento por meio do dilúvio. A mistura dos filhos de Deus com
os filhos dos homens havia gerado gigantes, valentes e varões de
fama (falado anteriormente), mas Deus viu que “a
maldade do homem se multiplicara sobre a terra, e que toda a
imaginação dos pensamentos de seu coração era só má
continuamente”
(Génesis
6.5).
I.
A MALDADE HUMANA E AS SUAS CONSEQUÊNCIAS
A
condição do homem perante Deus era só má continuamente, e isso em
virtude da mistura da semente santa com a impura, que resultou nas
piores consequências. O alvo de Satanás continua o mesmo: misturar
para corromper. Por isso pergunta o apóstolo: “Que
comunhão tem a luz com as trevas?”
(2Co
6.14).
1)
A sentença divina (v.7).
O Senhor arrependeu-se de “haver
feito o homem sobre a terra, e pesou-lhe em seu coração”
(v.6).
O arrependimento de Deus e a sua tristeza, embora admitidos como a
transferência de atributos humanos para a divindade, expressam
realmente uma experiência real de Deus, que teve de mudar de atitude
em relação ao homem que criara.
Nada
menos do que o fim de toda a carne produziria efeito. Os valentes e
os varões de fama tinham de ser igualmente varridos da face da
terra. Tinha de haver completa destruição de tudo o que havia sido
corrompido.
2)
Tal como nos dias de Noé.
Tal como ocorre nos nossos dias, também na época de Noé a mensagem
do iminente juízo divino não encontrou aceitação por parte das
classes brilhantes dos políticos, dos artistas, dos intelectuais,
dos “valentes” e dos “varões de fama”. A lavoura, a
pecuária, a ciência, as artes e talvez a própria religião, tudo
parecia indicar que o “modus
vivendi”
prosseguiria inalterável. Os cidadãos continuariam a comer, a
beber, a casar-se e a dar-se em casamento. Falar em juízo divino era
uma loucura.
II.
O JUIZO DE DEUS
1.
Deus anuncia o dilúvio a Noé (Génesis 6.13).
A Bíblia afirma que Noé era homem justo e recto, e que andava com
Deus. Isso não significa que ele era sem pecado, pois todos pecaram
(Romanos 3.23), mas que ele prezava a rectidão e a integridade, e
que confiava em Deus. Por isso Deus revelou-lhe o seu plano.
2.
Noé constrói a arca (Génesis 6.14-16.22).
Durante 120 anos (v.3)
o patriarca trabalhou naquele imenso empreendimento, certamente a
ouvir as zombarias dos seus contemporâneos. Estes não podiam crer
na possibilidade de um dilúvio, pois tal coisa era contrária à
própria natureza (Génesis
2.5, 6).
Porém, a Bíblia afirma que “Noé,
divinamente avisado das coisas que ainda se não viam, temeu, e para
salvação da sua família, preparou a arca, pela qual condenou o
mundo, e foi feito herdeiro da justiça que é segundo a fé”
(Hebreus
11.7).
3.
Noé aguarda ordens de Deus (Génesis 6.22).
A arca estava já terminada e Noé esperava, agora, ordens de Deus.
Não vemos aqui nada de precipitação, mas fé “A fé” sabe
esperar com paciência (Salmo
40.1),
e não comete os erros de Israel, que não pode esperar por Moisés e
caiu na idolatria (Êxodo
32.1-8),
ou de Saul, que se impacientou com a demora de Samuel e acabou
rejeitado por Deus (1
Samuel 13.8-14).
4.
Noé e a sua família entram na arca (Génesis 7.1, 13).
A ordem divina chegou e Noé e a sua família abrigaram-se dentro da
arca, “e
Deus o fechou por fora”
(v.16).
Isso significa plena segurança para os que estão dentro e eterna
perdição para os que estão de fora. Noé não fechou a porta por
dentro; Deus a fechou por fora! A segurança dos que estavam na arca
não poderia ser obra do homem, mas de Deus. É Deus mesmo que
encerra a porta por fora, ao revelar o seu especial cuidado para com
os que haviam crido nele e obedecido à sua palavra. Noé creu e
obedeceu. Nada se diz de sacrifícios oferecidos por Noé nos
capítulos
6 e 7 de Génesis,
certamente porque “o
obedecer é melhor do que o sacrificar”
(1
Samuel 15.22).
Isso não quer dizer que ele não adorava ao Senhor, pelo contrário,
ele o fazia de modo perfeito através das obras da fé. A fé sem as
obras é morta (Tiago
2.17).
III.
O SIGNIFICADO ESPIRITUAL DA ARCA
1.
As condições do mundo ante-diluviano (Mateus 24.37-39).
Jesus, ao apontar como um sinal dos tempos os dias de Noé, afirma
que as pessoas “comiam,
bebiam, casavam e davam-se em casamento”.
É evidente que nada de errado há nessas coisas, quando praticadas
dentro das suas próprias limitações, tal como ensinou Jesus
(Mateus
6.33).
Mas, naqueles dias de Noé, a indiferença para com as exigências
divinas era tão grande que só pensavam em seguir “o
curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do
espírito que agora opera nos filhos da desobediência”
(Efésios
2.2).
Muitos,
nos nossos dias, teimam ainda em anunciar um novo mundo criado pelas
boas iniciativas humanas. Os teólogos da libertação e os adeptos
do evangelho social, na sua distorcida compreensão do reino de Deus,
planeiam alcançar as bem-aventuranças da Bíblia pelo esforço
próprio. As palavras de Jesus cortam pela raiz todas essas vãs e
ilusórias especulações, ao afirmarem que “assim
será também a vinda do Filho do homem”.
2.
A arca aponta para Cristo (1Pedro 3:18-22).
Assim como a longanimidade de Deus esperava nos dias de Noé,
enquanto se preparava a arca, igualmente, hoje, a mesma longanimidade
divina, a não querer que alguns se percam, espera que todos se
arrependam (2Pedro
3.4).
Foi essa longanimidade que salvou os ninivitas nos dias de Jonas.
Além
do longo tempo de espera enquanto Noé construía a arca, Deus ainda
esperou sete dias mais. Uma semana para que o mundo se arrependesse!
Todavia continuaram a zombar de Noé e a rir da sua “loucura”!
Desde que a arca da nossa salvação foi terminada na cruz, a sua
porta ainda continua aberta para receber os crentes. É a porta da
graça, que um dia será definitivamente fechada pelo próprio Deus.
Em todo esse tempo, Cristo está a dizer: “Eu
sou a porta; se alguém entrar por mim salvar-se-á”
(João
10.9).
O tempo para abrigar-se do juízo divino é hoje (Hebreus
3.7, 8).
Amanhã pode ser muito tarde.
As
águas do juízo divino não haveriam de atingir Noé e a sua
família, mas fazê-los flutuar em segurança. Nenhuma condenação
há para os que estão em Cristo – a nossa Arca (Romanos
8.1).
A mesma palavra que condena os de fora (João
12.48),
salva os de dentro (João
10.28).
Dentro da arca, misericórdia; fora da arca, a ira divina (João
3.36).
A zombaria dos contemporâneos de Noé transformou-se logo em
desespero, e o seu desprezo pelos avisos divinos terminou em pavor e
destruição. Chegará o tempo de Deus mostrar a diferença que há
entre aquele que o serve e o que não o serve. “Então
vereis outra vez a diferença entre o justo e o ímpio; entre o que
serve a Deus e o que o não serve”
(Malaquias
3.18).
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