quinta-feira, 6 de abril de 2017
A Criação dos Céus e da Terra – Livro de Génesis
abril 06, 2017
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“Pela fé, entendemos que os mundos, pela palavra de Deus, foram criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente” Hebreus 11:3.
“Se
Deus criou o mundo, então parte da Sua sabedoria e da Sua beleza
está reflectida na ordem da criação. Vemos a glória do Criador na
beleza da criação. A ordem criada é de Deus, não nossa. Temos de
aprender a respeitá-la como o lugar onde vivemos e cujo cuidado nos
foi confiado”.
Hoje
vivemos um caos no meio ambiente. Um caos que o apóstolo Paulo já
havia exposto nestas linhas: “Porque
a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas por
causa do que a sujeitou, […] Porque sabemos que toda a criação
geme e está juntamente com dores de parto até agora” (Romanos
8:20-22).
Este caos da criação se deve ao pecado, e não só no sentido dos
efeitos directos da Queda na criação, mas também da falta de
cuidado que a humanidade caída tem com a criação de Deus.
Deus
é o Criador do mundo e nós, os seres humanos, somos os responsáveis
pela destruição do planeta, seja ao não honrar a Deus como o
Supremo Criador do mundo, seja, em outros casos, ao usar a fé para
legitimar uma prática predatória do meio ambiente. Quando estudamos
o livro do Génesis para reconhecer Nele, Deus, o Criador do mundo e
do ser humano, isso deve trazer um sentimento de humildade e temor,
pois habitamos um mundo criado por Deus pelo qual fomos nomeados seus
mordomos e guardadores. De modo que quando não honramos tal
condição, pecamos contra Ele e o próximo.
Martinho
Lutero compreendeu bem as implicações de reconhecermos Deus como o
Autor da Criação: “Creio
que Deus me criou, junto com todas as criaturas. Ele me deu corpo e
alma, olhos, ouvidos e todas as outras partes do meu corpo, minha
mente e todos os meus sentidos, como também os preserva. Ele me deu
as roupas e os sapatos, o alimento e a bebida, a casa e a terra; o
cônjuge e os filhos, os campos, os animais e tudo o que tenho. Todos
os dias, Ele provê abundantemente tudo o que preciso para alimentar
o meu corpo e a minha vida. Protege-me contra todos os perigos, serve
de escudo e defende-me de todo o mal. Faz tudo isso por causa da Sua
bondade e misericórdia puras, paternais e divinas, e não porque
conquistei ou mereço isso”.
Crer
que Deus é o Criador do mundo é aceitar resignadamente a Sua
vontade e, invariavelmente, assumir que é da Sua vontade que
cuidemos da criação, pois é a partir desta que nos alimentamos,
vestimos e vivemos: tudo como bênção de Deus para nós.
Cuidar
da terra faz parte do propósito de entender o início do Génesis.
A
primeira grande verdade da Bíblia é que Deus criou os Céus, a
Terra e o ser humano.
Durante
a redacção deste capítulo, recorreu-se diversas vezes aos dois
primeiros capítulos do Génesis. E, a cada leitura, nos devemos
perguntar: “Por que essa passagem é tão combatida?” O referido
texto, além de belo e piedoso, é mais lógico que o Big Bang e mais
verossímil que Darwin. Não obstante, até mesmo alguns seminários
evangélicos, influenciados por uma incredulidade crónica, já não
aceitam como verdade histórica os 11 primeiros capítulos da Bíblia.
Os seus professores, arrogantemente, ensinam que a narrativa da
Criação e a História Primeva só podem ser recebidas
alegoricamente.
Ao
analisar a redacção sagrada do ponto de vista gramatical,
verifica-se não haver aí parábola alguma. E, sim, um relato
histórico muito bem elaborado que, sequer, abusa dos adjectivos. Por
que um preconceito tão maligno contra o Santo Livro? Embora a
História da Criação não seja científica, jamais será
contraditada pela verdadeira ciência. Além do mais, é a resposta
mais clara e confiável que possuímos à grande pergunta da vida:
“Como vieram a existir tudo quanto há no Universo?” Levemos em
consideração também que, sem o Criacionismo Bíblico, nenhuma
doutrina cristã tem sentido.
I.
A COERÊNCIA DO CRIACIONISMO BÍBLICO
1.
Criacionismo Bíblico.
É
a doutrina da Bíblia Sagrada, cujo principal objectivo é mostrar
como vieram a existir os Céus, a Terra e o ser humano. É uma
verdade aceite não somente pela fé, mas também pela razão
(Hebreus
11:3; Romanos 1:19-20).
O pecado de Adão e Eva, portanto, não conseguiu depravar
absolutamente o homem; não impede a criatura de reconhecer o Criador
na criação.
2.
Os fundamentos do Criacionismo Bíblico.
Três
são os fundamentos do Criacionismo Bíblico:
1)
a Bíblia Sagrada;
2)
a razão;
3)
o testemunho da Criação.
a)
A Bíblia Sagrada.
As Sagradas Escrituras afirmam do início ao fim, que Deus é o
Criador dos Céus e da Terra (Génesis
1:1; Salmos 95:6; Apocalipse 10:6).
Ora, basta o testemunho da Escritura, para que nos convençamos da
verdade. Afinal, ela é a inspirada e inerrante Palavra de Deus. Ora,
se a Bíblia não for capaz de convencer-nos, a quem recorreremos?
(Lucas
16:31).
b)
A razão humana. Embora
comprometida pelo pecado, a razão ainda é eficiente para
conduzir-nos ao Criador, conforme Paulo enfatiza aos romanos: “Porque
os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como
também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o
princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram
criadas” (Romanos 1:20).
Todavia, não ignoramos que Satanás vem a entenebrecer a compreensão
do homem moderno (2Corintios
4:4).
Por isso, temos de proclamar a Palavra de Deus a tempo e a fora de
tempo.
c)
A criação.
Finalmente, a própria Criação testemunha do Criador (Salmos
19:1).
No Salmo
104,
o cantor sagrado enaltece a Deus pela sua obra, pois esta discorre
sobre o Ser que tudo criou e que a tudo preserva.
Salmos
104:1-14
1
– Bendize, ó minha alma, ao SENHOR! SENHOR, Deus meu, tu és
magnificentíssimo; estás vestido de glória e de majestade.
2
– Ele cobre-se de luz como de uma veste, estende os céus como uma
cortina.
3
– Põe nas águas os vigamentos das suas câmaras, faz das nuvens o
seu carro e anda sobre as asas do vento.
4
– Faz dos ventos seus mensageiros, dos seus ministros, um fogo
abrasador.
5
– Lançou os fundamentos da terra, para que não vacile em tempo
algum.
6
– Tu a cobriste com o abismo, como com uma veste; as águas estavam
sobre os montes;
7
– à tua repreensão, fugiram; à voz do teu trovão, se
apressaram.
8
– Subiram aos montes, desceram aos vales, até ao lugar que para
elas fundaste.
9
– Limite lhes traçaste, que não ultrapassarão, para que não
tornem mais a cobrir a terra.
10
– Tu, que nos vales fazes rebentar nascentes que correm entre os
montes.
11
– Dão de beber a todos os animais do campo; os jumentos monteses
matam com elas a sua sede.
12
– Junto delas habitam as aves do céu, cantando entre os ramos.
13
– Ele rega os montes desde as suas câmaras; a terra farta-se do
fruto das suas obras.
14
– Ele faz crescer a erva para os animais e a verdura, para o
serviço do homem, para que tire da terra o alimento.
“Aquele
que tem, ele só, a imortalidade, e habita na luz inacessível; a
quem nenhum dos homens viu nem pode ver, ao qual seja honra e poder
sempiterno. Amém” 1 Timóteo 6:16.
II.
O MARAVILHOSO PRINCÍPIO DA CRIAÇÃO
O
que Deus fazia no princípio? Não é fácil responder a essa
pergunta, pois não dispomos de nenhuma informação acerca das suas
actividades entre os três primeiros versículos do capítulo um de
Génesis. Todavia, podem-se tirar algumas conclusões, que se
acredita serem coerentes e razoáveis. Antes de Deus fazer a Terra,
Ele criou o tempo, o espaço e a sua própria morada.
1.
O tempo. Deus
jamais faria a sua obra na eternidade, porquanto esta é um atributo
exclusivamente seu (1Timóteo
6:16).
O Criador é sempiterno; a criação, temporal. Ao contrário dos
gregos que acreditavam na eternidade da matéria, os hebreus crêem
que tudo quanto existe no tempo, foi criado pelo Eterno (Hebreus
11:3).
Aliás, nem a própria morada de Deus é eterna. Sendo o tempo a
duração relativa das coisas, gera-nos a noção de presente,
passado e futuro: um período contínuo no qual se sucedem os
eventos. Deus, porém, é o que é. Ele não está sujeito a qualquer
sucessão de dias ou séculos. Presente, passado e futuro são-lhe a
mesma coisa. Logo, somente o Eterno poderia criar o tempo.
2.
O espaço. Ao
contrariar o que muita gente supõe, o espaço não é sinónimo de
vácuo. Este nenhum tecido possui. Aquele, entretanto, ao ter a sua
própria tela, não pode avançar além das suas fronteiras. O Senhor
o criou, a fim de conter a sua obra que, embora vastíssima, é
finita. Logo, o espaço também é finito. O Criador não se acha
limitado quer pelo tempo, quer pelo espaço; a criação, sim. Até
mesmo os anjos acham-se condicionados temporal e espacialmente, pois
não podem estar em dois lugares ao mesmo tempo.
3.
Os Céus.
Ao ter já estabelecido o tempo e o espaço, o Senhor cria, agora, a
sua própria morada.
Na
verdade, Ele não precisa de habitação alguma, pois nem o céu dos
céus pode contê-lo (2Crónicas
6:18).
Mas, Rei do Universo que é, delimita um lugar, para nele situar a
sua corte.
Sim,
até o próprio céu necessita do tempo e do espaço, pois é um
lugar real, e não uma mera parábola. Embora não ocupe a nossa
dimensão, a região celeste tem de ser vista como realidade. Para lá
são levadas as almas dos que dormem em Cristo (Apocalipse
6:9).
A
Nova Jerusalém, a morada eterna dos santos, também é um lugar bem
real. Em breve, estaremos ali com o Senhor. Que o Pai nos ajude.
Já
criados os céus, que não podem ser confundidos com os planetas do
nosso sistema solar, o Senhor chama os anjos à existência. Assim o
salmista descreve a acção divina: “Os
céus por sua palavra se fizeram, e, pelo sopro de sua boca, o
exército deles” (Salmos 33:6).
Os seres angelicais também foram criados pelo sopro divino,
exactamente como o Senhor procederia com o homem (Génesis
2:7).
O Criador, pois, dedicou especial atenção às suas criaturas
racionais; chamou-as à vida de maneira única e personalizada: cada
anjo é um anjo, cada homem é um homem. Semelhantes, sim; iguais,
não.
4.
A Terra informe.
Ainda no princípio, Deus criou a Terra, e pô-la exactamente naquela
coordenada espacial, onde se encontra até ao dia de hoje. O nosso
planeta, já delimitado pelo tempo e pelo espaço, ainda era vazio e
não possuía a forma actual. O autor sagrado assim o descreve: “A
terra, porém, estava sem forma e vazia; havia trevas sobre a face do
abismo, e o Espírito de Deus pairava por sobre as águas” (Génesis
1:2).
O
que era a Terra nesse longínquo princípio? Era um todo disforme
coberto pelas águas, que escondiam um grande abismo. Por essa razão,
fazia-se necessária a presença do Espírito Santo que, ao pairar
por sobre as águas, dava sustentação gravitacional ao nosso
planeta. Pois o Sol, a Lua e os demais corpos do Sistema Solar ainda
não haviam sido criados, para manter-lhe a gravidade naquele
quadrante específico do espaço.
O
Espírito Santo pairou sobre as águas
(Génesis 1:2). Ele
esteve presente e desempenhou um papel activo na obra da criação.
O
Espírito Santo na criação. O
Espírito Santo pairou sobre as águas (Génesis
1:2). Ele
esteve presente e desempenhou um papel activo na obra da criação. O
que vemos pelo relato bíblico é que a cada dia, Deus fez uma tarefa
diferente, mas ordenada, para que a vida fosse possível no nosso
planeta.
III.
A CRIAÇÃO DA LUZ
Deus
não precisa de luz, pois a luz e as trevas são-lhe a mesma coisa.
Além disso, habita Ele em luz inacessível (Salmos
139:12; 1Timóteo 6:16).
A sua obra, porém, dela necessita para subsistir. Por esse motivo,
para dar forma à Terra, o Senhor ordenou-lhe o aparecimento: “Haja
luz” (Génesis 1:3).
1.
A luz primeva. Somente
o Pai das luzes para dar luz à luz (Tiago
1:17).
A luz do primeiro dia não era gerada pelo Sol, que só viria a
existir no quarto dia da Criação. Alguns a denominam de primeva.
Outros, de cósmica. Mas na verdade é simplesmente divina, pois Deus
mesmo é a sua fonte.
Na
Jerusalém Celeste, não teremos qualquer necessidade do Sol, porque
o próprio Criador será a luz da nova criação; a terra e os céus
actuais já terão passado (Apocalipse
21:23; 22:5).
Eis que tudo se fará novo.
A
partir daí, não precisaremos mais da luz primeva; nem da solar
viremos a necessitar: a luz eterna, provinda do ser divino, iluminará
a cidade que o Pai, em seu inexplicável amor, arquitectou e
construiu para acolher-nos na eternidade. Aleluia!
2.
Jesus, a luz do mundo. Sim,
Deus é luz e, nele, não há treva alguma (1João
1:5).
Por isso, aprouve-lhe enviar-nos o seu Unigénito como a luz do mundo
(João 8:12).
Em Jesus Cristo, somos recriados para uma nova realidade espiritual.
Sem
o Cordeiro, onde estaríamos?
Aprisionados
em trevas espirituais até sermos lançados à escuridão mais
exterior (Mateus
8:12).
Mas, hoje, caminhamos na luz e vivemos no reino da luz e, como a luz,
resplandecemos (Filipenses
2:15).
Só em Cristo isso é possível.
“O
dia da luz, das trevas e das águas divididas”
“Energia
é necessidade vital para o habitat do homem, e a luz é energia. Por
conseguinte, a primeira ordem de Deus foi: Haja luz. A ênfase na
palavra falada de Deus é tão grande que cada dia criativo começa
com uma ordem ou expressão da vontade divina. Em seguida, ocorre a
execução da ordem e a declaração culminante: Era bom ou
equivalente. As águas foram separadas, e acima da terra havia uma
expansão. A palavra expansão ou firmamento transmite a ideia de
solidez. Contudo, a ênfase na palavra hebraica ragia não está no
material em si, mas no acto de expandir-se ou na condição de estar
expandido. Por isso, a palavra 'expansão' é apropriada”.
SUBSÍDIO
BIBLIOLÓGICO
“A
palavra hebraica para 'luz' é 'or', e refere-se às ondas iniciais
de energia luminosa a actuar sobre a terra. Posteriormente, Deus
colocou 'luminares' (em hebraico ma'or, literalmente 'luzeiros' nos
céus como geradores e reflectores permanentes das ondas de luz. O
propósito principal desses luzeiros é servir de sinais demarcadores
das estações, dias e anos.
IV.
O FIRMAMENTO E A PORÇÃO SECA
Ao
ter já iluminado o espaço com a luz primeva, o Criador passa,
agora, a separar as águas que se achavam acima e abaixo do
firmamento. Não se pode explicar devidamente como isso aconteceu.
1.
Um planeta disforme e vazio.
Até ao segundo dia da Criação, a Terra ainda não possuía uma
forma definida. Na ausência de atmosfera, as suas águas ficavam
tanto abaixo como acima do solo. Era um todo confuso e disforme. Era
necessário, pois, que o Senhor ordenasse o caos, conforme regista o
autor sagrado:
“E
disse Deus: Haja firmamento no meio das águas e separação entre
águas e águas. Fez, pois, Deus o firmamento e separação entre as
águas debaixo do firmamento e as águas sobre o firmamento. E assim
se fez. E chamou Deus ao firmamento Céus. Houve tarde e manhã, o
segundo dia” (Génesis 1:6-8).
2.
O firmamento. Não
se pode definir o firmamento de Génesis como o espaço sideral, pois
este, como já vimos, fora criado logo no “princípio”. Também
não se pode confundi-lo com a porção seca do terceiro dia. Resta
pois, focá-lo como a atmosfera terrestre. Justamente, neste ponto, é
que surge uma velha e incómoda pergunta: “Como explicar as águas
que se achavam acima do firmamento”?
Pensa-se
que o nosso planeta, antes do Dilúvio, era envolvido por um escudo
hídrico, que o protegia dos raios ultravioletas do Sol, ao
proporcionar saúde e longevidade aos filhos de Adão. Sob uma
atmosfera tão sadia, as feridas eram imediatamente cicatrizadas e a
expectativa de vida, mesmo sob o pecado, era quase milenar (Génesis
5:27).
Depois, foi a existência humana a definhar até chegar aos
parâmetros actuais (Génesis
50:26; Salmos 90:10).
Aliás, sob aquela atmosfera, o corpo humano bastava para se curar.
Por
ocasião do singular cataclismo, porém, “as
comportas dos céus se abriram, e houve copiosa chuva sobre a terra
durante quarenta dias e quarenta noites” (Génesis 7:11-12).
A partir de então, a Terra ficou exposta aos raios daninhos do Sol.
E, assim, deixou de ser aquele imenso e belo paraíso dos antigos. Ao
enfermar-se, o nosso planeta adoenta-nos e rouba-nos a vida. Quando,
porém, o Senhor Jesus estabelecer o Milénio, a Terra será curada,
mas a morte ainda reinará até à consumação final de todas as
coisas.
3.
A porção seca.
Não era intenção do Senhor criar uma terra encharcada, nem um
imenso deserto. Ao trabalhar harmonicamente a Criação, idealizava
um lugar com oceanos, mares e rios. E, cada um destes, a banhar
continentes e ilhas. Por isso, no terceiro dia, separou, de entre as
águas, a porção seca, e fê-la aparecer simetricamente por todo o
planeta.
A
atmosfera, agora, envolvia uma terra que não era sem forma, nem
vazia. A esta altura, o nosso planeta já era um globo bem definido.
Faltava apenas o aparecimento das placas continentais. Então, ordena
o Senhor: “Ajuntem-se
as águas debaixo dos céus num só lugar, e apareça a porção
seca. E assim se fez. À porção seca Deus chamou Terra e ao
ajuntamento das águas, Mares. E viu Deus que isso era bom”
(Génesis 1:9-10).
SUBSÍDIO
BIBLIOLÓGICO
“Deus
tinha razões específicas para criar o mundo. Deus criou os céus e
a terra como manifestação da sua glória, majestade e poder. Ao
olharmos a totalidade do cosmos criado – desde a imensa expansão
do universo, à beleza e à ordem da natureza – ficamos tomados de
temor reverente ante a majestade do Senhor Deus, o nosso Criador.
Deus criou os céus e a Terra para receber a glória e a honra que
lhe são devidas. Todos os elementos da natureza rendem louvores ao
Deus que nos criou. Quanto mais Deus deseja e espera receber glória
e louvor dos seres humanos. Deus criou a terra para prover um lugar
onde o seu propósito e alvos para a humanidade fossem cumpridos”.
V.
O APARECIMENTO DO REINO VEGETAL
Já
havia mares e continentes, mas a porção seca do planeta achava-se
despida de árvores e nua de ervas. A vida ainda não era possível
no planeta. Para que ela se viabilizasse, Deus torna o reino vegetal
uma estonteante realidade.
1.
O reino vegetal.
O Criador tudo planeou com sabedoria. Quando lemos o oitavo capítulo
de Provérbios, maravilhamos-nos com a manifestação da sabedoria
divina. Em dado momento, parece mais um monólogo do Cristo que,
embora ainda no seio do Pai, descreve como tudo foi chamado à
existência. Então, neste momento, decreta o Senhor o surgimento do
reino vegetal: “E
disse: Produza a terra relva, ervas que dêem semente e árvores
frutíferas que dêem fruto segundo a sua espécie, cuja semente
esteja nele, sobre a terra. E assim se fez. A terra, pois, produziu
relva, ervas que davam semente segundo a sua espécie e árvores que
davam fruto, cuja semente estava nele, conforme a sua espécie. E viu
Deus que isso era bom” (Génesis 1:11-12).
Sem dúvida, foi algo maravilhoso. Do solo ainda virgem e casto,
brotaram árvores e ervas. Aquele chão, ainda tão jovem, cobria-se
agora de verde e, como num grande milagre, acobertava-se de flores.
Somente Deus poderia criar tanta maravilha.
2.
A fotossíntese. A
essa altura, cabe outra indagação: “Como a vegetação poderia
vingar sem o processo de fotossíntese, já que o sol só viria a ser
criado no quarto dia?” Ora, se ainda não havia o Sol, a luz do
primeiro dia já existia. E, provinda ela de Deus, possuía os
elementos necessários ao pleno desenvolvimento das árvores e ervas
que, por toda a parte, se espalhavam na Terra.
Não
há contradição alguma entre a Bíblia Sagrada e a verdadeira
ciência. Afinal, aquele que criou as plantas haveria de esquecer-se
de algo tão básico como a fotossíntese?
VI.
A CRIAÇÃO DO SISTEMA SOLAR
Até
ao quarto dia, o Espírito Santo ainda pairava por sobre a Terra, a
fim de emprestar-lhe forma e mantê-la nas suas coordenadas. Afinal,
o nosso planeta depende da força gravitacional do Sol. Doutra forma,
seria um astro errante, no qual a vida seria impossível. Por isso,
Deus cria o Sistema Solar.
1.
A cosmologia bíblica.
Nas Sagradas Escrituras, encontramos uma cosmologia superior a
qualquer sistema humano. Ao repreender o povo de Judá, o profeta
Jeremias descreve o mecanismo com que Deus dotara o Universo: “Assim
diz o Senhor, que dá o sol para a luz do dia e as leis fixas à luz
e às estrelas para a luz da noite, que agita o mar e faz bramir as
suas ondas; Senhor dos Exércitos é o seu nome. Se falharem estas
leis fixas diante de mim, diz o Senhor, deixará também a
descendência de Israel de ser uma nação diante de mim para sempre”
(Jeremias 31:35-36).
Para o pós-modernismo, as leis fixas de que fala o profeta são
inaceitáveis, porque tudo haverá de ser absolutamente relativo. Se
o Universo está em expansão, como aceitar a cosmologia bíblica?
2.
A criação do Sol e da Lua. Já
de início, podemos afirmar que a Terra é mais velha do que o Sol e
a Lua. Logo, jaz sem qualquer sentido a Teoria do Big Bang, segundo a
qual os corpos do Sistema Solar e as galáxias vieram a existir em
virtude da explosão de uma partícula subatómica incrivelmente
densa e quente.
Tal
explosão não existiu. De acordo com a Bíblia, o Sistema Solar veio
a surgir como resultado desta ordem divina: “Haja
luzeiros no firmamento dos céus, para fazer separação entre o dia
e a noite; e sejam eles para sinais, para estações, para dias e
anos. E sejam para luzeiros no firmamento dos céus, para alumiar a
terra. E assim se fez. Fez Deus os dois grandes luzeiros: o maior
para governar o dia, e o menor para governar a noite; e fez também
as estrelas” (Génesis 1:14-16).
Já
criado o Sol, a Lua e as estrelas, põe-se a Terra sob a sua
influência gravitacional. No Universo, estabelecem-se as quatro
grandes forças: gravidade, electromagnetismo, força nuclear forte e
força nuclear fraca.
3.
A divisão do tempo. Se
até agora, o tempo era contado apenas em dias, a partir da criação
do Sol, da Lua e das estrelas, poderá ele ser dividido também em
semanas, meses, anos, séculos e milénios. Acrescente-se, ainda,
que, a partir de agora, a Terra ganha mais um movimento: a
translação, a sua viagem anual em redor do Sol.
VII.
O REINO ANIMAL
Estamos
no sexto dia da criação. A terra já está devidamente preparada
para acolher, nutrir e preservar a vida. Assim, Deus chama à
existência o reino animal.
1.
Os peixes e as aves. No
quinto dia, os peixes enchem os mares, e as aves ocupam os céus
(Génesis
1:21-22).
Todos segundo a sua espécie. Nenhuma espécie evolui de outra nem
para outra; ao ambiente natural, adaptam-se naturalmente. Em tudo,
Deus é perfeito. Não esqueceu nenhum detalhe. Ele fez desde os
peixinhos que encerramos num aquário às enormes baleias e tubarões,
que amedrontam os que se fazem ao mar. Quanto às aves, do rouxinol à
soberba águia, há uma cadeia ininterrupta de pássaros. Somente um
Deus como o nosso para criar tão perfeitamente tudo quanto existe.
2.
Os animais selvagens e domésticos. No
dia seguinte, vieram os animais domésticos e selvagens (Génesis
1:24-25).
Na obra divina, não há espaço à teoria de Darwin. Observemos, por
exemplo, a cadeia que existe entre os felinos. Do gato mais diminuto
ao leão mais orgulhoso, há uma cadeia impressionante de vida.
Nenhuma
espécie necessita de outra para evoluir, pois todas já foram
chamadas à vida exactamente como as vemos hoje.
“E
viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom; e foi a
tarde e a manhã, o dia sexto” Génesis 1:31.
“Tudo
quanto tem fôlego louve ao Senhor: Louvai ao Senhor” Salmos 150:6.
CONCLUSÃO
A
criação de Deus é perfeita. Não só perfeita, mas belamente
sustentável. É o que descobrimos em Génesis. Por esse motivo,
alegramos-nos todas as vezes que voltamos ao primeiro livro da Bíblia
Sagrada. As perguntas que a ciência não logrou responder são, nas
suas páginas, todas elucidadas numa linguagem simples e claríssima.
Portanto, voltemos a pregar o Génesis. Afinal, tudo quanto existe
tem, nele, início. Sim, até mesmo as doutrinas que tanto prezamos.
No próximo capítulo, veremos como e por que Deus criou o ser
humano.
“Assim
os céus, a terra e todo o seu exército foram acabados. E havendo
Deus acabado no dia sétimo a obra que fizera, descansou no sétimo
dia de toda a sua obra, que tinha feito” Génesis 2:1-2.
“E
disse-lhes: O sábado foi feito por causa do homem, e não o homem,
por causa do sábado” Marcos 2:27.
...até
para a morte Deus tem uma solução. A Vida Eterna!
PARA
REFLECTIR
A
respeito do livro de Génesis:
O
que é o Criacionismo Bíblico?
Criacionismo
Bíblico é a doutrina segundo a qual Deus criou, a partir da sua
palavra, tudo quanto existe: os Céus, a Terra, os reinos vegetal e
animal e, finalmente, o ser humano (Hebreus
11:3).
Em
que se fundamenta o Criacionismo?
O
Criacionismo fundamenta-se na Bíblia Sagrada, na manifestação
silenciosa da natureza e nas observações e estudos que dela fazemos
(Romanos 1:20;
Salmos 119:1-6).
Segundo
a lição, qual foi a primeira coisa que Deus criou?
Embora
a Bíblia não o diga, é-nos permitido afirmar que a primeira coisa
que Deus criou foi o tempo.
O
que é o espaço?
Podemos
defini-lo como o tecido cósmico que Deus criou para que, nele, se
localizassem os corpos celestes. Portanto, o espaço também é
criação divina.
O
que Deus criou no sexto dia?
No
sexto dia, Deus criou os animais selvagens e os domésticos (Génesis
1:24-25).
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