terça-feira, 11 de abril de 2017
...e Deus os criou homem e mulher.
abril 11, 2017
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“E
de um só fez toda a geração dos homens para habitar sobre toda a
face da terra, determinando os tempos já dantes ordenados e os
limites da sua habitação” Actos 17:26.
QUAL
A ORIGEM DO HOMEM?
É
a grande pergunta da filosofia, da ciência e da religião. É a
pergunta que nenhum postulado chegou a responder satisfatoriamente,
no que diz respeito aos seus mínimos detalhes. A Teologia, a partir
dos seus postulados sistemáticos, tenta dar conta da origem da vida
em seus detalhes. A filosofia, com as suas divagações e
argumentações lógicas e complexas, realiza uma das mais bem
elaboradas respostas, dentro da capacidade humana, para se chegar a
bom termo sobre o início da vida humana, mas igualmente
insatisfatória. A ciência, com a tecnologia, experiências em
laboratórios e grandes postulados dos seus teóricos, procura
investigar ao máximo o mistério da vida.
Entretanto,
no fim de todas as coisas, a palavra aos Hebreus é definitiva para
quem crê: “Pela
fé, entendemos que os mundos, pela Palavra de Deus, foram criados;
de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente”
(Hebreus 11:3).
Imaginemos se fosse possível explicar adequadamente a origem da
vida, como se deu e se desenvolveu? Ainda assim, o “start”
(início) de todas as coisas ficaria sem explicação para os
cientistas, pois a ciência apenas tem a possibilidade de explorar o
mundo material; o que é transcendental, e até mesmo o quântico,
ela não consegue investigar. A fé, como expõe o escritor aos
Hebreus, afirma que “os
mundos”
foram criados por Deus; isto é, tudo – não só a terra, mas o que
está completamente fora do alcance do olhar humano – foi criado
por Deus.
Por
isso, não podemos ter uma posição exclusiva entre a fé e a
ciência. O Génesis não é um livro de ciência, mas de fé. Ali
Deus revelou ao ser humano o início de todas as coisas. O que cabe à
ciência? Pesquisar e explorar o aspecto material dessa criação
divina, e a reconhecer os seus próprios limites, como os primeiros
grandes cientistas da humanidade, que foram cristãos e, ao mesmo
tempo, grandes cientistas.
Deus
nos criou à sua imagem e semelhança, para que o amemos e vivamos
para a sua glória.
INTRODUÇÃO
Por
rejeitar a Bíblia Sagrada, a academia secular tropeça
constantemente nesta pergunta; “Quem é o homem?”. Insatisfeita
na sua antropologia, racionaliza a questão, e contesta; “O que é
o homem?”. E, assim, sistemática e metodicamente, idealiza o ser
humano, ao descartar a única resposta aceitável; “O homem é um
ser criado por Deus e para Deus”.
Se
aceitarmos a historicidade da narrativa mosaica, logo acharemos o
nosso lugar no universo que Deus criou. Mas, caso optemos pelas
proposições darwinistas, isolar-nos-emos cosmicamente.
Entre
Moisés e Darwin, há um abismo intransponível. Apesar das
tentativas de se construir uma ponte entre ambos, o fosso
aprofunda-se a cada discussão, ao tornar impossível o trânsito
entre o Evolucionismo e o Criacionismo. Se aquele (Evolucionismo) é
mera teoria, este (Criacionismo) apresenta-se como a única
alternativa à angústia gerada pela nossa presença no mundo.
I.
QUEM É O HOMEM
Embora
temporário, o homem é um ser necessário. Por essa razão, Deus o
chamou à existência. Isso não significa que o Senhor precisasse de
nós para existir. Absoluto, prescinde de relações fora de si. Ele
é o que é. Na sua obra, porém, somos indispensáveis.
A
partir desse argumento, já podemos dizer quem é o homem.
1.
Imagem e semelhança de Deus. O
Senhor criou-nos à sua imagem e semelhança (Génesis
1:26).
Nem a queda, no Éden, deixou destruir tais feições. Logo,
descartamos, por absurda e inadequadamente, a doutrina da depravação
total do ser humano. Doutra forma, a obra de sacrifício de Jesus
Cristo seria ineficaz.
Satanás,
todavia, embora nada possa criar, é um bom criador de ilusões. Na
criatura, distorce o Criador. No Criador, não deixa de caricaturar a
criatura. Os seus traços podem ser encontrados tanto na mitologia
mais grotesca, como no mais refinado texto académico.
Homero
(século VIII a.C), ao exaltar os feitos gregos, divinizou os homens,
ao humanizar a divindade. Artista que era, versificou-a numa série
de deuses irados, orgulhosos, adúlteros e homicidas. Só mesmo, na
sua imaginação, era possível um mundo, no qual nenhuma fronteira
moral havia entre o divino e o humano. Na sua poesia, aquele (Deus)
era pior que este (homem).
Charles
Darwin (1809-1882), por sua vez, fez uma caricatura ainda mais
blasfema do ser humano. Numa história bem elaborada, que lembra os
grandes tratados da ciência, o escritor inglês apresenta o homem
como o resultado final de um longo processo evolutivo. Tal processo,
entretanto, estanca-se no homem e não contempla os milhões de
símios (macacos), que jamais chegarão a homo sapiens. No seu mundo,
até o dinossauro vira passarinho. Apesar da sua linguagem académica,
ele não passou de um ilusionista: ao descaracterizar a criatura,
tirando o mérito da criação ao Criador.
Que
o homem não seja tornado anedota nem pela arte, nem pela ciência.
Por que não defini-lo, simplesmente, como uma criatura racionalmente
espiritual, cuja missão é amar, glorificar o Criador e fazer-lhe a
obra.
2.
Pouco menor que os anjos.
Se o homem é a obra-prima da criação, por que Deus o criou menor
que os anjos? Parece que Davi tem a resposta. Ao contemplar a
criação, pergunta ao Criador: “Quando
vejo os teus céus, obra dos teus dedos, a lua e as estrelas que
preparaste; que é o homem mortal para que te lembres dele? E o filho
do homem, para que o visites?” (Salmos 8:3-4).
Mais adiante, ao buscar situar a criatura na obra divina,
reconforta-se: “Contudo,
pouco menor o fizeste do que os anjos e de glória e de honra o
coroaste. Fazes com que ele tenha domínio sobre as obras das tuas
mãos; tudo puseste debaixo de seus pés” (Salmos 8:5-6).
Apesar
da nossa inferioridade, Deus nos colocou sobre os ombros o governo do
Universo. Por que não os anjos? Afinal, são-nos superiores. Essa
tarefa, porém, é nossa. Somente a nós cabe a administração do
mundo; em seu nome a exercemos. Nessa lida, os seres angelicais
entram para auxiliar-nos. Apesar da insignificância da criatura, o
Criador confia-lhe toda a criação.
Somos,
de facto, inferiores aos anjos. Essa condição, porém, é
temporária. Em breve, os redimidos serão recepcionados no céu como
a Noiva do Cordeiro. Mesmo agora, limitados física, intelectual e
espiritualmente, temos privilégios sobre os quais os anjos
ambicionam investigar (1Pedro
1:12).
A Bíblia Sagrada, pois, não diviniza o homem como Homero, nem o
animaliza como Darwin: coloca-o num patamar jamais imaginado pelo
mortal (1Coríntios
2:9).
3.
A coroa da criação.
Davi, como bom teólogo, não ignorava o lugar do homem na criação.
Um lugar tão elevado que requer uma coroa: “Contudo,
pouco menor o fizeste do que os anjos e de glória e de honra o
coroaste” (Salmos 8:5).
Embora nos haja criado menor que os anjos, não foi a estes que o
Senhor coroou.
A
humanidade é a coroa da criação. Desta coroa, Jesus Cristo é a
perfeitíssima glória, por ser a única ponte entre nós e Deus. Eis
porque a Bíblia no-lo apresenta como Verdadeiro Homem e Verdadeiro
Deus.
4.
A constituição do homem. Dicotomia?
Ou tricotomia?
Ainda bem que esse conflito limita-se aos teólogos. Quanto aos
autores sagrados, tratam o assunto com desconcertante objectividade.
Às vezes, dá a impressão de que são tricotómicos
(1Tessalonicenses
5:23).
Outras vezes, parecem dicotómicos
(Mateus
10:28).
Como este não é o fórum mais apropriado para se discutir esta
questão, mais tarde se abordará o tema com mais propriedade.
Dicotomia
é
a divisão de um elemento em duas partes, em geral contrárias, como
a noite e o dia, o bem e o mal, o preto e o branco, o céu e o
inferno, etc.
Tricotomia
é
o termo utilizado para designar a interpretação de que o homem
compõe-se de três partes, ou elementos essenciais, sendo eles: o
espírito, a alma e o corpo (1Tessalonicenses
5:23).
O
corpo é a matéria da sua constituição; a alma é o princípio da
vida animal que o homem possui em comum com os irracionais.
A
ela pertencem o entendimento, a emoção e a sensibilidade, que
terminam com a morte. O espírito é o princípio do homem racional e
da vida imortal. Possui razão, vontade e consciência, e se estende
à eternidade, após a morte biológica, ou seja, após a morte do
corpo.
Deus
escolheu o pó da Terra para
modelar o homem. Ele poderia ter optado pelo ouro, ou pelo mármore.
Naquele momento, porém, o Senhor não tencionava fazer uma jóia,
nem talhar uma estátua. Era o seu propósito criar algo
infinitamente mais precioso: o ser humano segundo a sua imagem e
semelhança.
O
Senhor Deus usou o pó da Terra para criar-nos, pois nela vivemos e
dela nos alimentamos. Nenhum outro solo, a não ser o da Terra,
serviria para dar-nos forma. Após formar o homem do pó da terra, e
nele imprimir a sua imagem, sopra-lhe Deus as narinas, ao torná-lo
alma vivente (Génesis
2:7).
O Criador dispensou-nos cuidados paternos, de maneira que, embora pó
e cinza, possuímos uma alma imortal que, um dia, a Ele tornará
(Eclesiastes
12:7; 1Tessalonicenses 5:23).
Fomos criados no tempo, mas no coração vai-nos a eternidade
(Eclesiastes
3:11).
“E
formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou em suas
narinas o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente”
Génesis 2:7.
“E
o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito,
e alma, e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a
vinda de nosso Senhor Jesus Cristo” 1 Tessalonicenses 5:23.
“Porque
a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada
alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do
espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os
pensamentos e intenções do coração” Hebreus 4:12.
A
palavra espírito vem
do hebraico “ruach” e do grego “pneuma”. No Antigo
Testamento, a palavra hebraica “ruach” aparece 377 vezes e é
traduzida como: vento, fôlego ou espírito. No Novo Testamento, a
palavra “pneuma” é igualmente traduzida como: espírito ou
respiração. A
união do fôlego da vida com o barro inanimado tornou o homem uma
alma viva, uma
personalidade responsável, capaz de compreender e apreciar a Deus,
ao capacitá-lo a pensar, querer e amar. Esse fôlego de vida é o
“sopro do Todo-Poderoso” (Jó
33:4),
a centelha de vida. Jó assim descreve o seu estado de ser vivente:
“Enquanto
em mim houver alento, e o sopro de Deus no meu nariz...” (Jó
27:3).
O homem é mais do que “pó” ou substância física. O homem tem
um espírito. Deus mesmo “soprou” o Seu próprio “fôlego”
nas narinas do homem; Deus é a fonte da vida, e Ele directamente
colocou a vida dentro do homem. Esse sopro da vida é visto
novamente, quando Jesus dá nova vida aos seus discípulos! “E,
havendo dito isto, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o
Espírito Santo” (João 20:22).
II.
A CRIAÇÃO DO HOMEM
Não
se ignora a Teoria da Evolução. Dá-se, porém, o direito de
acreditar no Criacionismo Bíblico, por ser este mais lógico e
verdadeiro do que aquela. O evolucionismo ainda não saiu do terreno
das hipóteses, ao passo que a narrativa bíblica faz-se a cada dia
mais convincente.
1.
O conselho da criação. A
Bíblia não revela se houve algum conselho da Santíssima Trindade
quanto à criação dos céus e da terra. Acredita-se que nem mesmo
para os anjos, mais excelentes do que nós, houve semelhante
formalidade. Todavia, quando da formação do homem, o
Pai, o Filho e o Espírito Santo
expediram este decreto: “Façamos
o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenha ele
domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os
animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que
rastejam pela terra” (Génesis 1:26).
Por que a criação do ser humano teve de ser precedida por um
concílio da divindade? Antes de tudo, porque o homem é a coroa da
criação. Sem ele, o Universo não passa de um cenário vazio. E,
apesar de os anjos serem, temporariamente, superiores a nós, é
connosco que Deus anseia manter a mais íntima comunhão. Isso não
significa, porém, que Ele não se agrade da companhia dos seres
celestes. Tanto é que estes, ao serem criados, foram postos ante o
seu trono. Na história Sagrada, trata-os como filhos (Jó
1:5; 38:7).
2.
A forma da criação.
Não somos o resultado de um longo e entediante processo evolutivo,
mas a coroa de um acto criativo de Deus. De maneira singela, mas
verdadeira e literal, a Bíblia descreve a nossa feitura: “Então,
formou o Senhor Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas
narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente”
(Génesis 2:7).
A
simplicidade da narrativa bíblica induz o formalismo incrédulo e
blasfemo a buscar outras explicações sobre o nosso aparecimento na
terra. No passado, o mito. No presente, a falsa ciência. E, no
futuro, a mentira sistemática do Anticristo.
No
princípio, segundo o poeta grego Hesíodo (750-650 a.C), só havia
deuses no universo. Por causa disso, o tédio fez daquele céu, um
inferno. Foi então que Prometeu, um dos titãs mais afoitos, rogou a
permissão de Zeus para criar um ser mortal à imagem e semelhança
dos deuses. A princípio, o rei do Olimpo não gostou da ideia. E, se
por acaso, não desse certo? Não haveria qualquer problema,
interveio Prometeu. Ao ser o homem mortal, estaria tudo resolvido. E,
assim, o inventivo titã amassou um punhado de argila, e, a partir
desta, fez o ser humano.
A
mitologia grega lembra uma verdade que o tempo e a memória
encarregaram-se de distorcer.
Quanto
à fantasia científica de Darwin, o que podemos dizer? Em virtude da
sua roupagem académica e da sua linguagem muito bem trabalhada,
ganhou rapidamente foros de verdade. Tanto é que Charles Darwin foi
sepultado na Catedral de Westminster como um dos maiores intelectuais
do Reino Unido. Bem diz o apóstolo: arrogando-se sábios, fizeram-se
loucos.
Entre
a poesia de Hesíodo e a prosa de Darwin, prefere-se Moisés. A sua
narrativa leva-nos à proposição de um Deus bom e santo. No seu
amor, criou-nos a fim de compartilhar a sua glória.
3.
O homem é da terra e a Terra é do homem.
Tirados da terra, temos as propriedades todas da Terra. E, um dia, à
Terra voltaremos. Dos seus produtos, nos alimentamos. E, com o
material que nos fornece, nos abrigamos. Enfim, ela fornece-nos tudo
de que necessitamos.
No
nosso organismo, acham-se, entre outros, os seguintes elementos
químicos do solo: ferro, potássio, sódio, cobre, cálcio, selénio,
molibdénio, zinco, iodo, fósforo, magnésio, cobalto, enxofre e
cloro. Diante de semelhante facto, como desprezar a narrativa do
Génesis, que, de forma tão simples e clara, mostra o homem como
formado do pó da terra?
4.
O monogenismo
da raça humana.
No seu discurso no Areópago de Atenas, perante os filósofos
epicureus e estóicos, Paulo deixou bem patente a doutrina bíblica
do monogenismo. Afirmou que Deus “de
um só sangue fez toda a raça humana para habitar sobre toda a face
da terra, havendo fixado os tempos previamente estabelecidos e os
limites da sua habitação” (Actos 17:26).
Monogenismo
é
a doutrina antropológica segundo a qual todas as raças humanas
derivam de um tipo primitivo único.
Diante
desta afirmação, não há o que negar: todos somos filhos de Adão
e Eva, logo brancos e negros, judeus e árabes, europeus e
brasileiros, somos todos irmãos. No verdadeiro cristianismo, não há
espaço para filosofias ou teologias racistas. Concluímos, daí,
existir apenas uma única raça, que, providencialmente, divide-se,
ao multiplicar-se em famílias, tribos, nações, povos e línguas.
O
mapa do ADN revela de maneira surpreendente a unidade da família
adâmica. Se levarmos em conta que cada mulher recebe o ADN
mitocondrial da mãe, ser-nos-á possível retroceder à primeira
fêmea. Diante desse facto, os cientistas alcunharam-na de “Eva
Mitocondrial”. Na direcção dessa pesquisa, descobriu-se também o
“Adão Cromossómico Y”.
A
verdadeira ciência não contraria a narrativa bíblica. Apesar
disto, alguns académicos ainda teimam em contrariar as Sagradas
Escrituras, ao optar por explicações absurdas.
Feito
à imagem de Deus
“Em
Génesis 1:26-30, encontramos
'O
Homem Feito à Imagem de Deus'.
1)
Um ser espiritual apto para a imortalidade.
2)
Um ser moral que tem a semelhança de Deus.
3)
Um ser intelectual com a capacidade da razão e de governo.
Uma
das marcas da imagem de Deus foi Ele ter dado ao homem o estatuto e o
poder de governante. O direito de o homem dominar ressalta o facto de
que Deus o equipou para agir como governante. A aptidão para
governar implica em capacidade intelectual adequada para argumentar,
organizar, planear e avaliar”.
III.
A MISSÃO DO HOMEM
Imaginemos
o primeiro diálogo do Senhor com Adão. Ao chamá-lo à vida,
confidenciou-lhe o Pai: “Neste vasto planeta, escondi telemóveis,
tablets, aviões e até naves espaciais escondi”. Na sua
aprendizagem, indaga-lhe o homem: “Senhor, o que são essas coisas,
e onde posso achá-las?” Como bom didacta e amoroso educador,
responde-lhe Deus: “Trabalha a terra e logo as descobrirás”. A
missão do ser humano consiste em cultivar a terra, povoá-la e
governá-la.
1.
Cultivar a terra.
Por vezes temos de interromper o que estamos a fazer para ir comer
alguma coisa. Já na posse do prato e dos talheres, temos feijão,
arroz, algumas verduras e legumes e, possivelmente, um pedaço de
carne. De sobremesa, frutas.
A
refeição será possível, porque os primogénitos da raça, ao
obedecer às ordens do Criador, puseram-se a trabalhar a criação.
Descobriram e seleccionaram os alimentos. E, a fim de prepará-los,
inventaram deliciosos temperos. Mas, o que fariam sem o fogo e a
porcelana? A partir da arte culinária, foram tornar o mundo que Deus
criou numa indústria. E, de descoberta em descoberta, chegaram ao
espaço. O interessante é que tudo teve início com a agricultura.
2.
Povoar a terra.
Quantas pessoas poderiam viver confortavelmente na terra? Já se
ouviu dizer que por volta de 16 biliões. De acordo com a ONU, em
2050, haverá nove biliões e 300 milhões de habitantes no planeta.
Se toda essa gente for bem distribuída, todos poderemos viver de
maneira sustentável e até usufruir de algum conforto. Conclui-se,
pois, que a pobreza extrema não é ocasionada nem pela falta de
espaço, nem pela ausência de alimentos. Se a riqueza fosse
distribuída com justiça e equidade, ninguém morreria de fome.
Segundo
Robert Malthus (1766-1834) o mundo estaria fadado à destruição, se
o crescimento demográfico não fosse imediatamente barrado. Temia
ele a falta de comida e de água. Graças a Deus, o economista
britânico estava errado. Hoje, há mais alimentos no planeta do que
no primeiro século da Era Cristã, quando a população mundial
girava em torno de 150 milhões de pessoas.
As
nações que seguiram o conselho de Malthus enfrentam, hoje, imensas
dificuldades para repor os seus estoques populacionais. Entre eles
estão a Europa e o Japão. Até a própria China, apesar da sua
imensa demografia, corre o risco de se tornar um imenso asilo de
velhos. A sua política de filho único é uma tragédia mais que
óbvia.
Logo
a ordem divina para se povoar a terra é razoável e não atenta
contra a sustentabilidade do planeta. O que gera o desequilíbrio
ecológico é a acção predadora do ser humano ímpio e inimigo de
Deus.
3.
Governar a terra.
Se o homem houvesse obedecido a Deus, o paraíso terrestre não teria
se limitado ao Éden. Toda a terra seria um lugar belo e sustentável,
onde os filhos todos de Adão poderiam desfrutar de todo o bem que
nos deixou o Senhor. A nossa biosfera é mais que suficiente para dar
alimento, abrigo e bem-estar aos homens e animais. O Criador
providenciou o necessário, a fim de que todos os seus filhos, de
Adão ao último bebé a nascer no planeta, tenham o suficiente para
viver com amor e dignidade.
Se
o homem governar bem o planeta, não haverá miseráveis em lugar
algum. É o que demonstrará o Senhor Jesus, quando estabelecer o seu
reino entre os homens.
A
criação da Mulher
“Então
o Senhor Deus fez cair um sono pesado sobre Adão, e este adormeceu;
e tomou uma das suas costelas, e cerrou a carne em seu lugar; e da
costela que o Senhor Deus tomou do homem, formou uma mulher, e
trouxe-a a Adão” Génesis 2:21-22.
1.
“Tanto
o homem quanto a mulher foi uma criação especial de Deus, não um
produto da evolução. O homem e a mulher, igualmente foram criados à
'imagem'
e 'semelhança'
de Deus. À base dessa imagem, podiam comunicar-se com Deus, ter
comunhão com Ele e expressar de modo incomparável o seu amor,
glória e santidade. Eles fariam isso ao conhecer a Deus e a
obedecê-lo. Eles tinham semelhança moral com Deus, pois não tinham
pecado, eram santos, tinham sabedoria, um coração amoroso e o poder
de decisão para fazer o certo (Efésios
4:24).
Viviam em comunhão pessoal com Deus, que abrangia obediência moral
e plena comunhão. Quando Adão e Eva pecaram, a sua semelhança
moral com Deus foi desvirtuada. Na redenção, os crentes devem ser
renovados segundo a semelhança moral original. Adão e Eva possuíam
semelhança natural com Deus. Foram criados como seres pessoais ao
terem espírito, mente, emoções, autoconsciência e livre-arbítrio.
Em certo sentido, a constituição física do homem e da mulher
retrata a imagem de Deus, o que não ocorre no reino animal. Deus pôs
nos seres humanos a imagem pela qual Ele apareceria visualmente a
eles e a forma que o seu Filho um dia viria a ter. O facto dos seres
humanos terem sido feitos à imagem de Deus não significa que são
divinos. Foram criados segundo uma ordem inferior e dependente de
Deus. Toda a vida humana provém inicialmente de Adão e Eva.
2.
“Uma linda tradição judaica observa que Deus não tirou Eva do pé
de Adão, para que ele não tentasse dominá-la; ou da sua cabeça,
para que ela se visse acima. Em vez disso, Deus tirou Eva da costela
de Adão, para que os dois pudessem caminhar ao longo da vida”.
A
mulher foi criada a partir da costela de Adão o que mostra que ambos
têm a mesma origem, o pó da Terra.
IV.
A INSTITUIÇÃO DO CASAMENTO
A
agenda divina no sexto dia da criação estava bem carregada. Num
primeiro momento, Deus criou o homem, ao confiar-lhe o governo do
mundo e a classificação da fauna. Mais adiante, ao sentir-lhe a
solidão, formou-lhe a mulher. E, para arrematar a sua obra,
casou-os, ao instituir o matrimónio.
1.
A solidão é ruim.
Ser absoluto por excelência, o Criador prescinde de relacionamentos
com a criação para ser o que é. Todavia, a sua natureza amorosa e
justa leva-o a revelar-se à criatura. E, connosco aprofunda a
comunhão. Por esse motivo, não poderia Ele admitir que o homem
vivesse isolado e desprovido de semelhantes.
Perante
o isolamento de Adão, declarou o Senhor: “Não
é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe
seja idónea” (Génesis 2:18).
O casamento, pois, era indispensável para que o Éden se tornasse um
paraíso. Por isso, o Senhor, da costela de Adão, cria a mulher. E,
ao apresentá-la, leva-o a compor um poema: “Esta,
afinal, é osso dos meus ossos e carne da minha carne; chamar-se-á
varoa, porquanto do varão foi tomada” (Génesis 2:23).
2.
Características do casamento. Instituído
por Deus, o casamento tem as seguintes características:
a)
monogâmico: um único homem para uma única mulher;
b)
heterossexual: um macho para uma fêmea;
c)
indissolúvel: só pode ser dissolvido nestas circunstâncias: morte,
infidelidade conjugal e abandono (Romanos
7:2; Mateus 19:9; 1 Coríntios 7:15).
Qualquer
vínculo que fuja a esses parâmetros não haverá de ser tido como
casamento. Logo, a união entre pessoas do mesmo sexo, embora
legalizada, jamais será considerada, à luz da Bíblia Sagrada,
casamento. Logo, não conta nem com a bênção, nem com a garantia
divina. Quanto à poligamia, Deus a tolerou no princípio, mas nunca
a aprovou.
3.
A bênção matrimonial.
A partir do casamento de Adão e Eva, os demais matrimónios
dar-se-iam,
primeiro, entre irmãos, e, depois, entre primos. E, assim, até que
a união conjugal deixasse o âmbito da endogamia
e passasse a ser praticada exogamicamente.
Endogamia
é o estado da pessoa que só se casa com outra porque ambas
pertencem à mesma classe ou tribo, ao visar preservar as suas
nobrezas, raças etc.
Exogamia
é o casamento de um indivíduo com um membro de grupo estranho
àquele a que pertence.
Para
que a raça humana não viesse a ser deteriorada geneticamente, o
Senhor abençoa o primeiro casal: “Sede
fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a, dominai sobre
os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que
rasteja pela terra” (Génesis 1:28).
“O
que significa ser adjutora?”
“E
disse o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei
uma ADJUTORA (ajudadora, auxiliadora, socorredora, defensora) idónea
para ele” (Génesis 2:18).
O
seu real significado de acordo com Lawrence Richards: “A palavra
'adjutora' tem sido frequentemente mal-entendida e usada para manter
uma visão distorcida do casamento. A palavra no original, ezer,
significa 'um apoio', 'uma ajudadora', ou 'uma assistente'. Isso não
implica subordinação, pois a mesma palavra é usada para descrever
Deus como auxílio do homem. O conceito decididamente sustenta as
características da mulher como ajudadora. Somente uma que é 'osso
dos meus ossos e carne da minha carne'
poderia, de facto, ir ao encontro da mais profunda necessidade de
outro. Na sua original concepção, então, o casamento era a união
de um homem e uma mulher, iguais perante Deus, que se completavam por
meio do respeito de um para com o outro, comprometidos com a ajuda
mútua”.
CONCLUSÃO
Com
a instituição do casamento, tem início a História. Até à
formação da mulher, havia apenas uma biografia solitária e sem
muito interesse. Mas tudo muda, quando o Pai chama a sua filha, Eva,
à existência.
A
partir daí, o drama humano haveria de ter livre curso. Da biografia
de Adão à História Universal, plenifica-se na História Sagrada.
Com a instituição do casamento, o Criador começaria a revelar a
profundidade do seu amor à criatura racional, que, suscitada da
terra, almeja o céu; feita no tempo, tem em si a eternidade.
PARA
REFLECTIR
A
respeito do livro de Génesis:
Em
que dia da obra divina o homem foi criado?
O
homem foi criado no sexto dia.
Por
que Deus criou o ser humano?
O
homem foi criado para uma tripla missão: governar a Terra, cultivar
o solo e guardar o jardim que o Senhor plantara.
Qual
a principal característica da mulher em relação ao esposo?
A
principal característica moral da mulher está no facto de que Deus
criou Eva, a fim de que ela estivesse ao lado de Adão para o
auxiliar.
Quais
as características do casamento?
As
principais características são: monogamia, heterossexualidade e
indissolubilidade.
Por
que é importante conhecermos esta verdade?
Pelo
facto de que existem muitas falsas teorias e mentiras a respeito da
origem da vida humana e do casamento.
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