terça-feira, 11 de abril de 2017
A Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal
abril 11, 2017
|
Desde
o princípio do mundo, a humanidade tem enfrentado, de uma forma ou
de outra, as mesmas tentações que confrontaram Há-adam (Adão) e
Havva (Eva).
O
Génesis descreve o desafio que eles passaram para alcançar uma
bem-aventurada existência espiritual com Deus o criador, no Jardim
do Éden.
Eles
foram expressamente proibidos de comer do fruto daעֵץ
הַדַּעַת טוֹב וָרָע "Etz
Ha-Daat tov Vera",
árvore do conhecimento do bem e do mal.
O
fruto parecia ser delicioso e irresistível aos olhos de Eva, “E
viu a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável
aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento” (Génesis
3:6).
Este
mesmo desafio por qual passaram Adão e Eva, ecoa e ressoa através
do tempo. Cada geração tem a sua própria Etz
Ha-Daat tov Vera
que muda e varia de interpretação, de acordo com as situações e
com o meio em que a humanidade se envolve pela história adentro.
A
nossa geração também tem a sua “árvore
do conhecimento do bem e do mal”
que está sempre a nos tentar em provar dos seus frutos ilícitos,
com as suas “facilidades”
e “liberdades”,
apelos para “apanhar
um atalho”,
dar um “jeitinho”,
ou mesmo curtir “uma
onda”.
E o apelo tem se mostrado tragicamente irresistível para muitos,
principalmente para a nossa juventude.
E
a religiosidade não têm demonstrado uma eficácia comprovada para
impedir que esses jovens se rendam à atracção da tentação. Esta
é uma geração que vem sendo alimentada com um senso de
individualismo muito forte. Liberdade de expressão e liberdade de
escolha são os valores mais elevados da nossa sociedade.
Como
então podemos proteger a nós mesmos e os nossos filhos do brilho
tentador da atual “árvore do conhecimento” cujos “frutos”
parecem ser tão saborosos e bons aos olhos humanos? Não seria esta
uma tarefa muito complexa?
Um
grande estudioso da Torah, Moshe
Rabbeinu,
deixa numa das suas mensagens, uma resposta muito apropriada para
este tema:
“Eis
que hoje eu ponho diante de vós a bênção e a maldição; A
bênção, quando cumprirdes os mandamentos do Senhor vosso Deus, que
hoje vos mando; Porém a maldição, se não cumprirdes os
mandamentos do Senhor vosso Deus” Deuteronómio
11:26-28.
Viver
nos caminhos do nosso Senhor e fazer a sua vontade define uma vida de
bênção. Viver fora da vontade de Deus define uma vida de maldição.
Aqui Moshe Rabbeinu desenha a arena da vida e apresenta os desafios
que nós humanos, em todas as idades e em todas as sociedades somos
forçados a lutar.
Como
poderemos absorver e viver com esta tão magnífica mensagem que o
texto bíblico nos traz, quando todos os nossos sentidos e
sentimentos parecem estar tão atraídos e inclinados a provar do
fruto proibido, e a não guardar os mandamentos do Senhor? Mais uma
vez ficamos diante de algo complexo de se fazer.
O
mesmo texto bíblico contém as explicações a esta questão, pois
diz:
“E
agora, Israel, o que é que o Senhor teu Deus te pede? Apenas que o
temas e andes em seus caminhos; que ames e sirvas ao Senhor teu Deus,
com todo o teu coração e com toda a tua alma”, Deuteronómio
10:12.
O
Talmud explica que a palavra “apenas”
que inicia a resposta, expressa um pedido muito simples, temer a Deus
e andar nos seus caminhos, que é imediatamente seguida por diversas
e complexas demandas espirituais.
É
aqui que se estabelece esse paradoxo entre um princípio simples e um
desenvolvimento complexo, que vem logo em seguida. O complexo segue o
simples, e o simples de se fazer é seguido pelo complexo, algo que
pode ser ilustrado pela seguinte narrativa:
“Um
pai e mãe amorosos estavam em lágrimas ao ver a vida do seu filho
doente a esvair-se enquanto ele estava deitado na cama. A sua
temperatura subia cada vez mais, numa febre que lhe roubava o
apetite. Ele recusava as refeições deliciosas que eles colocavam
diante dele, bem como os remédios.
Todas
as exortações e apelos eram em vão. Então, pediram a um
especialista para vir a sua casa para tratar do filho amado. O
especialista veio e viu que o prognóstico da criança era muito
sério. Ele tirou um remédio forte da sua pasta e disse à criança
que ele “apenas”
iria pedir-lhe para tomar o medicamento uma única vez.
Ouvindo
que este era um pedido, para tomar o remédio apenas
uma vez,
a criança concordou com relutância e bebeu uma medida do elixir da
vida. Enquanto o médico caminhava em direcção à porta, a mãe da
criança começou a chorar. – “Dr.”, ela exclamou: - “ele só
concordou em tomar o remédio “apenas”
desta vez.
“-
O que vamos fazer hoje à noite depois que você for embora?”
-
“Não se preocupe”, disse o médico. – “Agora que ele bebeu
este medicamento, o seu apetite será restaurado. Uma vez que ele
comece a ingerir alimentos, ele vai recuperar o apreço pelo sabor da
comida. Em pouco tempo, você pode ter a certeza que ele estará
disposto a tomar o medicamento necessário a cada dia, até que ele
esteja totalmente recuperado”.
Por
meio desta parábola, o pregador judeu russo Dubna Maggid explica o
significado do texto onde Deus faz um pedido ao povo de Israel para
“apenas”
“temer” a Deus e “andar” nos seus caminhos.
Se
apenas
“temermos e andarmos”
com o nosso criador uma única vez, nós seremos curados e
naturalmente estaremos inclinados a continuar o nosso caminho em
direcção ao crescimento espiritual, sendo presenteados com as
bênçãos daqueles que possuem uma vida espiritual.
Uma
vez que tenhamos experimentado a sublime alegria de conhecer Deus,
tendo um diálogo amoroso com Ele; uma vez que sintamos o prazer de
louvá-lo em espírito e em verdade, compartilhando e ajudando o
próximo, nós encontraremos as suas preciosas bênçãos
espirituais, gozo e alegria de estar na Sua maravilhosa presença.
Então,
o fascínio da “nossa árvore do conhecimento” se revelará
deveras artificial, perdendo o seu efeito atractivo. E poderemos
distinguir muito bem entre bênção e maldição.
Apenas
depois que tivermos experimentado a luz e o prazer do caminho que
conduz à vida espiritual é que seremos capazes de fazer uma clara
distinção das nossas escolhas na vida, rejeitando todos os
aparentes prazeres e facilidades, atalhos e caminhos tortuosos que o
mundo nos oferece.
Porque
apenas um pouquinho de luz acaba com uma grande porção de trevas. A
luz é a palavra de Deus. Temos de ler, estudar, meditar e ela nos
ajudará a derrubar a “árvore do conhecimento do bem e do mal”
deste século.
Subscrever:
Enviar feedback
(Atom)
-
2017
(21)
-
abril
(21)
- O DILÚVIO
- Graciosos detalhes da arca de Noé
- A ARCA DE NOÉ
- A Corrupção do Género Humano
- O Primeiro Homicídio
- O Pecado e as Suas Consequências
- Adão e Eva e as Roupas da Salvação
- Adão e Eva – Mensagem do Primeiro Casamento Bíblico
- A Primeira Mulher - Eva
- A Origem da Queda do Homem – Eva, a Serpente e o F...
- O Jardim do Éden
- O pecado cometido por Adão e Eva foi a relação sex...
- A Criação do Homem Por Deus no Jardim do Éden
- ...e Deus os criou homem e mulher.
- A Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal
- Bem e Mal - Quem Decide?
- Como Tudo Começou
- O significado da doutrina bíblica da criação
- A Criação: Deus Se Manifestou
- A Criação dos Céus e da Terra – Livro de Génesis
- GÉNESIS - O Livro da Criação Divina
-
abril
(21)
Featured Products
Nisi enim orci.$29.99Et.
Ultrices elit. $299.99Ac.
Augue vel quam.
$14.95Ut.
Cubilia sed.
Ipsum ac.
0 comentários:
Enviar um comentário