terça-feira, 11 de abril de 2017

A Criação do Homem Por Deus no Jardim do Éden

De onde viemos, para onde vamos? Porque fomos criados?

Desde o tempo antigo, o homem olha para o céu, para os astros e estrelas, em busca de respostas a essas perguntas fundamentais e ao mesmo tempo tão intrigantes.

Diversos filósofos, astrónomos, físicos e outros pensadores têm-se dedicado a tentar explicar qual seria a origem do universo e, de forma especialmente particular, da criação do ser humano.

Durante muito tempo, predominou universalmente a crença fundamentada no criacionismo segundo a Bíblia. Entretanto, a partir de 1859 com a publicação do livro A Origem das Espécies por Charles Darwin, a comunidade científica, na sua maioria, passou a adoptar a teoria da Evolução das Espécies através da selecção natural.

Além disso, muitos cientistas, dentre eles o famoso físico, teórico e cosmólogo Stephen Hawking, defendem a tese de que o homem seria resultado do que restou da formação das estrelas.

Segundo a Ciência, a vida seria assim algo que apareceu no nosso planeta somente por acaso, era o resto da formação do universo, sem qualquer sentido, sem nenhum propósito.

Porém neste estudo, veremos que o ser humano é muito mais do que pó estelar, e que a vida tem sim um propósito. Veremos que um ser pessoal, um Deus moral, formou o homem e o estabeleceu para ser o seu representante neste mundo físico.


Adão [do hebraico “vermelho”, adom], termo similar ao usado para designar ‘terra’ [hb. ‘adama], foi assim chamado pois Deus formou Adão do barro, da terra.

E formou o SENHOR Deus o homem do pó da terra, e soprou em suas narinas o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente.” Génesis 2:7.

O verbo yatsar ‘formou’ sugere o trabalho de um artesão ao moldar a sua obra no barro. Deus envolveu-se pessoalmente na criação do homem, enquanto modelava o corpo humano do barro, e após, soprou nas suas narinas o fôlego da vida.

O sopro divino descrevia a forma como o Senhor infundiu o Espírito no ser humano, o que deu ao homem a capacidade intelectual, moral, relacional e espiritual.

Diferentemente de todo o restante da criação, onde Deus simplesmente utilizara o termo ‘haja’, com o homem o Senhor demonstra profunda consideração e planeamento. O Elohim emprega a frase ‘façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança’.

Deus estabelece um padrão moral altíssimo para o ser humano, padrão referenciado e assemelhado ao próprio Deus. Agora havia chegado o momento ápice de toda a obra criadora, tudo o que foi criado anteriormente era destinado a comportar, sustentar e manter a vida da jóia prima da natureza.


E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança;” Génesis 1:26.

Adão era o único ser em que Deus utilizou a sua própria imagem, uma criatura feita para reflectir a sua glória. A visão tradicional da criação, está associada com a imagem de Deus no homem, representando a sua moral e ética, bem como a habilidade intelectual que recebeu do criador.

Agregado a isso, de acordo com a gramática hebraica, e com o conhecimento das tradições do antigo oriente, a interpretação melhor do texto seria ‘façamos o homem como a nossa imagem’.
A preposição hebraica equivalente a [à] nesta frase pode ser traduzida no sentido da conjunção [como].

Nos tempos do antigo Oriente, um imperador ordenava a colocação das suas estátuas e bustos em todos os pontos do seu império. Estes símbolos marcavam as áreas que estavam sob o seu poder.

Deus colocou o homem na terra como o símbolo vivo dele mesmo, para representar o seu reino e o seu domínio, pois nós segundo à sua imagem, somos o Seu reino, o reino de Deus está em nós.

santificado seja o teu nome; venha o teu reino; seja feita a tua vontade, assim na terra, como no céu.” Lucas 11:2.

E nós fomos feitos conforme a sua semelhança, ou seja, somos o reflexo da majestade divina na terra. Deus criou um ser pessoal, com objectivos, com propósitos bem claros e definidos.

E Deus vinha visitar o homem todos os dias. Deixava a sua habitação, toda a sua glória para poder conversar com Adão. Diante dos milhares de milhares de seres espirituais, cada qual com mais poder e grandeza do que outros, não há notícia de que Deus tenha feito tal acto por nenhum outro ser criado.

Nem por anjos, nem por arcanjos e nem por querubins ou qualquer outro ser vivente, excepto pelo ser humano.
Mas o Eterno tinha o ser humano em altíssima estima. Isto elevava muitíssimo o status do homem como um ser que era a glória, a coroa da criação divina.

A expressão ‘E domine o homem’, revela o controle do homem como o regente de Deus na terra. Deus deu esta capacidade ao homem de dominar e sujeitar a terra, e tudo o que nela há. Mas devemos aceitar esta tarefa com muita responsabilidade.

Cabe ao ser humano cuidar da criação divina, preservando e administrando tudo sabiamente.

e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra.” Génesis 1:26.

E esta ordem aplica-se a nós mesmos também. Vemos cada vez mais o domínio da humanidade a estender-se através do conhecimento científico. A cada dia cresce a conquista dos mares, da terra, do ar e do espaço.

E se podemos usar este dom divino do conhecimento para desenvolver novas tecnologias, podemos tirar bons proveitos para o nosso crescimento pessoal também. Muitas vezes é mais fácil ganhar uma guerra do que se dominar a si mesmo, para não iniciar ou entrar nessa guerra.

Vejamos que a humanidade progride tecnologicamente, mas continua a ser dominada por seus piores instintos de guerras, mortes, roubos, invejas, ciúmes, conflitos, desavenças, maldizeres e muitas coisas semelhantes a estas.

Mas o Criador deu-nos a capacidade de ‘dominar’, pois tudo o que fazemos passa pelo nosso crivo mental primeiro, tudo é primeiro submetido aos processos mentais. Deus nos fez com o propósito de sujeitar e não de sermos sujeitados por maus sentimentos.

O que precisamos é resgatar a imagem do Criador em nós. Nós temos que reflectir Deus, e entendermos que Deus é amor. E essa reflexão só será verdadeira quando permitirmos que o amor inunde, preencha o nosso coração e domine o nosso ser.

Ele mesmo nos deixou o maior exemplo de amor que alguém poderia conhecer. Entregou a sua própria vida para resgatar as suas criaturas, a quem Ele com tanto amor chamava de amigos e de filhos.
A expressão da imagem e da semelhança de Deus é não outra, senão o AMOR.

Nós podemos sim controlar as nossas reacções, palavras e decisões e submete-las a Deus. Nos podemos dominar as nossas emoções, usando-as como fonte de energia positiva, para construir algo bom.

Por isso domine o homem a si mesmo, e reflicta, e busque mudança de atitudes, com uma nova pratica de vida, com renovação no entendimento, com a não violência.

E voltemos à imagem de Deus que nos criou, como crianças inocentes, com perfeição de coração, pois perfeito é Aquele que a todos ama e que a todos quer salvar.

Segundo a história secular, o homem teria passado por uma linha de evolução, iniciada há aproximadamente entre cinco e sete milhões de anos, ao sofrer diversas alotropias, ao partir de primatas pré-históricos, e que foi submetido ao processo de Hominização através dos muitos milhares de anos que se passaram.


Mas a Bíblia é clara e enfática ao afirmar que o homem foi criado no sexto dia da criação. O homem não veio de nenhum material biológico pré-existente ou da evolução da família de primatas antigos (macacos). O homem foi criado pessoalmente por Deus, que utilizou materiais inertes, sem vida, pois o Senhor Majestoso foi quem criou a vida.

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