quinta-feira, 6 de abril de 2017
A Criação: Deus Se Manifestou
abril 06, 2017
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“A
ira de Deus revela-se do céu contra toda a impiedade e perversão
dos homens que detêm a verdade pela injustiça; porquanto o que de
Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes
manifestou. Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu
eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se
reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio
das coisas que foram criadas. Tais homens são, por isso,
indesculpáveis…” (Romanos 1:18-20).
Todos
nós conhecemos a história da criação. É uma história tão
fantástica, tão maravilhosa e tão simples que a lembramos desde a
nossa mocidade, e agora também a contamos para os nossos filhos. E
às vezes, talvez justamente pela sua simplicidade, ficamos contentes
em deixar que o relato bíblico da criação seja relegado às aulas
dominicais das crianças, enquanto os adultos estudam assuntos “mais
profundos”. Mas, será que a história da criação é somente uma
“historinha” para as crianças?
Vamos
lembrar primeiramente que “Toda
a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a
repreensão, para a correcção, para a educação na justiça, a fim
de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para
toda boa obra” (2 Timóteo 3:16-17).
Se Deus revelou alguma coisa, é porque Ele quer ensinar algo de
valor para o nosso crescimento espiritual.
Na
sua forte exortação aos cristãos de Roma, o apóstolo Paulo apelou
para a criação como um acto singular que por si só é prova da
existência de Deus. Ele disse que Deus é justo em julgar com ira os
que o rejeitam, porque, pela criação, os homens deveriam reconhecer
claramente “os
atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também
a sua própria divindade” (Romanos 1:18-20).
Quando olharmos para a criação, devemos ver o Deus vivo que está
por trás dela. Até mesmo as pessoas que nunca leram a Bíblia são
responsáveis de reconhecer que Deus existe, pois Ele se manifestou
na sua obra criadora (vejamos
Salmos 19:1-4).
Nós, os que somos abençoados por termos a Bíblia em nossas mãos,
devemos olhar para a criação do modo como Deus a revelou em Génesis
capítulo 1.
O que aprendemos na criação sobre o eterno poder e a divindade de
Deus?
Génesis
1:1-2: Antes do Princípio
Os
céus e a Terra foram criados por Deus “no princípio” (Génesis
1:1).
Sendo este o caso, então o que existia antes do princípio? A única
resposta é: Deus! O Criador, necessariamente, deve existir antes da
sua criação. Deus é um ser eterno: ele existia já antes do
princípio, e existirá depois de toda a criação ser desfeita
(vejamos Isaías
41:4; 44:6; 2 Pedro 3:9-12).
Deus é um ser poderoso: ele teve a força de criar do nada “os
céus e a Terra,” ou seja, tudo o que há no universo, fora e
dentro do nosso planeta (vejamos Hebreus
11:3; Actos 17:24; Colossenses 1:15-17).
O Criador é, necessariamente, senhor de toda a sua criação. Deus,
pelo seu eterno poder, criou e governa os céus e a Terra.
“…E
o Espírito de Deus pairava por sobre as águas” (Génesis 1:2).
Deus é espírito: Ele não é material como a sua criação, e não
será encontrado através de meios materiais. A verdadeira busca de
Deus será uma busca espiritual (vejamos João
4:23-24; Actos 17:24-25, 29).
O
Estado Do Mundo No Princípio
A
Terra, no princípio, estava sem forma: antes de Deus usar o seu
eterno poder para organizar, tudo estava em caos (Génesis
1:2).
Além disso, a Terra estava vazia: antes de Deus criar, havia uma
imensidão de nada, um abismo vazio. E ainda mais, a Terra jazia em
trevas: antes de Deus trazer a luz, havia somente uma escuridão
profunda. A partir desta situação original da Terra, observemos a
maneira de Deus trabalhar, assim vamos aprendendo muito sobre a sua
divindade (a sua natureza como ser divino).
Génesis
1:3-5: Nas Trevas, Deus Faz Luz
A
primeira coisa necessária para andarmos com segurança é a luz.
Então, a primeira coisa que Deus fez na sua obra criadora foi de
converter a situação geral da Terra de trevas para a luz. Deus é
luz pela sua própria natureza (vejamos 1
João 1:5-7),
e tudo o que Ele faz é para manifestar a luz da verdade.
Notemos
que Deus criou a luz, bem como a maior parte da sua criação,
simplesmente pelo poder da sua palavra! “Disse
Deus: Haja luz; e houve luz” (Génesis 1:3).
Deus falou, e assim se fez (vejamos Génesis
1:6-7, 9, 11, 14-15, 20, 24).
O poder de Deus tanto para criar como para manter a sua criação
reside na sua palavra! (vejamos Hebreus
1:1-3).
Esse facto deve nos confortar extremamente, pois a mesma palavra
poderosa que Deus usou para criar o mundo foi, com amor, colocada
aqui nas nossas mãos por Ele! Quando verdadeiramente entenderem
isto, teremos muito mais cuidado em como vamos usar a Bíblia. Quem
somos nós para mudar esta palavra tão poderosa, a fim de torná-la
“mais suave” aos nossos ouvidos ou aos ouvidos de outras pessoas
para a quem a pregamos? Com esse poder vem a grande responsabilidade
de seguir e pregar somente aquilo que Deus revelou. Pois, Ele é o
Senhor, e é a palavra Dele que tem o eterno poder da criação
(vejamos Isaías 55:6-11).
Génesis
1:6-10: No Caos, Deus Faz Ordem
Tendo
resolvido o problema da luz, Deus converteu o caos em ordem. Onde a
Terra estava sem forma, Deus criou e fez a separação entre o céu
azul (a atmosfera), a terra firme e os mares. Assim, o poder criador
da palavra de Deus coloca todas as coisas na sua devida ordem.
Quando
reflectimos sobre a palavra de Deus, geralmente pensamos em termos
dos seus mandamentos, como os dez mandamentos, por exemplo. Uma outra
palavra para mandamento é ordem. A natureza de Deus é de ordenar, e
as suas ordens são dadas para organizar e manter a sua criação.
Quando a criação desobedece às ordens de Deus, o resultado é a
desordem. Isto torna-se óbvio quando olhamos ao redor para o nosso
mundo de hoje. A desordem está por toda a parte – homicídios,
adultérios, homossexualismo, vícios, etc. – porque os homens
(parte da criação de Deus) têm rejeitado a ordem que Deus manda na
sua palavra. Será possível desfrutar da ordem perfeita de Deus
somente quando obedecemos e ensinamos os outros a obedecerem também
à palavra Dele.
Génesis
1:11-25: Deus Enche O Que Está Vazio
Depois
de haver criado um lugar bem organizado e com bastante luz, Deus
olhou para a sua criação e viu que ainda estava vazia. Notamos que
é a natureza de Deus encher todas as coisas com o bem, para a glória
Dele. Assim, Ele transformou o estado vazio da Terra, ao colocar
plantas sobre a terra firme, planetas e estrelas no céu, e animais
na terra, nas águas e no céu. Podemos ver que Deus colocou ordem em
tudo, ao governar até a reprodução das espécies de plantas e
animais com a Sua palavra (Génesis
1:11-12, 21, 24-25).
Génesis
1:26-31: O Motivo Por Trás De Tudo
Quando
tudo estava perfeito e bem ordenado de acordo com os seus planos,
Deus criou o homem e o colocou no meio. Ao olhar bem para o relato da
criação, podemos ver que Deus fez tudo já a pensar neste último
passo. Por que criar e dividir a luz das trevas? É claro que Deus
não precisava da luz, já que Ele existia antes dela! Por que
separar a terra firme e céus? Deus é Espírito e não precisa de
lugares físicos para a sua moradia (vejamos 1
Reis 8:27; Atos 17:24).
Por que fazer plantas e animais, estrelas e outros planetas? Deus não
fez estas coisas para Ele mesmo, e sim para o homem que ainda havia
de criar. Génesis
1:14
nos mostra que um dos motivos para Deus criar os luzeiros era para
que servissem de sinais. A única parte de toda essa criação que é
capaz de observar e entender sinais é o homem. Já que Deus não
havia feito nenhum homem quando preparou os luzeiros, concluímos que
o homem estava nos planos de Deus desde o princípio. De facto, a
Bíblia ensina-nos que a salvação do homem estava nos planos de
Deus mesmo antes do princípio da criação (vejamos Efésios
1:3-5, 11, 2:10, 3:8-11).
Quando
olharmos para a criação, então, devemos ficar admirados com o
eterno poder de Deus, e ainda mais com o seu eterno propósito de
salvar o homem da desordem da sua própria desobediência. Deus fez
toda a Terra e os céus justamente para a habitação do homem, a fim
de que o homem olhasse para tudo isso e o buscasse (vejamos Actos
17:22-31).
Conclusão:
A Nova Criação Em Cristo
Quando
olhamos para a sociedade, não há dúvida de que temos feito
desordem da ordem de Deus. Mas Deus, pela sua natureza divina, na sua
misericórdia, ainda quer restaurar a ordem, e por isso enviou o seu
filho, Jesus (vejamos Efésios
1:10).
Deus enviou Jesus como resposta para a desordem, para poder criar de
novo um mundo obediente às ordens de Deus. O apóstolo Paulo diz
“…se
alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já
passaram; eis que se fizeram novas” (2 Coríntios 5:17).
Onde há trevas, Cristo diz: “Eu
sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas; pelo
contrário, terá a luz da vida” (João 8:12).
Num mundo de caos, Cristo estabelece a ordem e a união pela sua
igreja:
“…há somente um corpo e um Espírito, como também fostes
chamados numa só esperança da vossa vocação; há um só Senhor,
uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos, o qual é
sobre todos, age por meio de todos e está em todos” (Efésios
4:4-6).
Onde há vidas vazias, é Cristo que “…a
tudo enche em todas as coisas” (Efésios 1:23).
É
responsabilidade de cada pessoa reconhecer que Deus existe e o
buscar. A revelação
geral
de Deus (isto é, o mero facto de Ele existir, como é evidente pela
criação) torna-nos indesculpáveis se o rejeitarmos. Mas, para
conseguirmos escapar do estrago feito pela nossa desobediência, é
necessário muito mais do que apenas reconhecer que Deus existe.
Paulo avisou: “Ora,
não levou Deus em conta os tempos da ignorância; agora, porém,
notifica aos homens que todos,
em toda a parte, se arrependam;
porquanto estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com
justiça, por meio de um varão que destinou e acreditou diante de
todos, ressuscitando-o dentre os mortos”
(Atos
17:30-31).
Jesus Cristo veio para fazer a nova obra criadora de Deus, nos
corações e nas almas dos homens. Que busquemos a Deus em espírito
e em verdade (João
4:23-24),
nos arrependendo da nossa desobediência, o pecado, e obedecendo à
ordem de Deus em Cristo, para que Ele possa fazer de nós novas
criaturas, segundo a vontade de Deus!
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